quarta-feira, dezembro 31, 2008

Amor Pra Recomeçar - Frejat

Já que a Laura copiou a minha idéia e postou a música primeiro no blog dela (se ela postou primeiro, eu é que estou copiando, né?) vou postar o video da música... hehehe

Feliz 2009 para TODOS do Miguio's Blog!

Ela é o Cara

Como não podia deixar de ser, meu ultimo post do ano é sobre a pessoa que eu escolhi como “a pessoa do ano”, quem eu admiro e guardo como exemplo a ser seguido, pessoal e profissionalmente falando.

Dessa vez, a escolhida por mim foi a minha grande amiga Priscila Porchat Murolo, ou simplesmente, a Pri.

A escolha está relacionada com algumas características dessa menina, que é extremamente forte, batalhadora e tem o coração maior que o mundo (além de fazer um suflê de chocolate delicioso).

Não vou me deter nos problemas laboratoriais ou notícias tristes, baste citar uma frase que ela mesma costuma dizer:

“O que não me mata, me fortalece!”

E eu tenho certeza que ela termina esse ano MUITO mais fortalecida do que começou!

Pri, espero que você volte logo pra Recife, pois todos aqui estão com saudades!

Feliz 2009 e muita força e energia positiva pra você e seus irmãos!

Gosto MUITO de você!

Beijo

=)

Miguio

terça-feira, dezembro 30, 2008

Aztecas Tupro

Estou cada vez mais gostando da música argentina.

Tem muita coisa boa tocando por lá!

Bom, com o auxílio da nova função do Last FM, que indica bandas parecidas com aquelas que você escuta, eu conheci hoje uma banda chamada "Aztecas Tupro".

Para os mais desavisados, o nome pode parecer coisa de mexicano, mas pelo que eu andei pesquisando, a banda é dos hermanos argentinos.

Algumas informações (traduzidas) sobre eles que eu tirei do blog "El Gramajo Del Link":

Para as pessoas que gostam de reggae, eu apresento aqui uma banda que se chama Aztecas Tupro e que vem desenvolvendo um som com uma combinação de reggae, ska, e ritmos latinos.

A banda é formada pelo Pablo Wehbe (voz e guitarra), Gonzalo Quereilhac (guitarra), Daniel Bosco (bateria), Horacio Antelo (teclado), Ricardo Jahni (baixo) e Ariel Viale (percussão).

Já lançaram 3 CDs e as músicas tem um som muito bom (quem quiser baixá-los, é só clicar no nome de cada CD):

1. Retumba (2001)

2. Tallo (2004)

3. Imaginar (2008)

Muchas gracias al blog "El Gramajo Del Link" por las informaciones y por las músicas.

domingo, dezembro 28, 2008

Corazón Partío (Alejandro Sanz & Malú)



Corazón Partío (Alejandro Sanz)

Tiritas pa este corazón partío,
Ti-ri-ti-tan de frio,
Tiritas pa este corazón partío,
Pa este corazón.

Ya lo ves, que no hay dos sin tres,
Que la vida va y viene,
Y que no se detiene,
Y qué sé yo,
Pero miénteme aun que sea,
Dime que algo queda entre nosotros dos,
Que en tu habitación nunca sale el sol,
Ni existe el tiempo ni el dolor,
Llévame si quieres a perder,
A ningún destino, sin ningún por qué.

Ya lo sé, que corazón que no ve,
Es corazón que no siente,
O corazón que te miente, amor,
Pero sabes que en lo más profundo de mi alma sigue aquel dolor,
Por creer en ti,
¿Qué fue de la ilusión y de lo bello que es vivir?

Para qué me curaste cuando estaba herío,
Si hoy me dejas de nuevo con el corazón partío.

¿Quién me va a entregar sus emociones?
¿Quién me va a pedir que nunca le abandone?
¿Quién me tapará esta noche si hace frío?
¿Quién me va a curar el corazón partío?
¿Quién llenará de primaveras este enero,
Y bajará la luna para que juguemos?
Dime si tú te vas, dime cariño mío,
¿Quién me va a curar el corazón partío?

Tiritas pa este corazón partío,
Tiritas pa este corazón partío.

Dar solamente aquello que te sobra,
Nunca fue compartir, sino dar limosna, amor,
Si no lo sabes tú, te lo digo yo,
Después de la tormenta siempre llega la calma,
Pero sé que después de ti,
Después de ti no hay nada.

Para qué me curaste cuando estaba herío,
Si hoy me dejas de nuevo con el corazón partío.

¿Quién me va a entregar sus emociones?
¿Quién me va a pedir que nunca le abandone?
¿Quién me tapará esta noche si hace frío?
¿Quién me va a curar el corazón partío?
¿Quién llenará de primaveras este enero,
Y bajará la luna para que juguemos?
Dime si tú te vas, dime cariño mío,
¿Quién me va a curar el corazón partío?

"Partío" o "Partido"

Recentemente, estava conversando com alguns amigos no MSN sobre uma música do Alejandro Sanz que eu cantava errado, "Corazón Partío".

Eu sempre cantei "Corazón PARTIDO" e não "partío".

Pois é, eu que estudo tanto espanhol, estava cantando errado há anos!

Pior! Eu nem sabia como era o participio do verbo "Partir" em espanhol.

Fui pro dicionário e, pra minha surpreza, não tinha a palavra "partío" nas conjugações dos verbos.

Sem pestanejar, escrevi pro Jaime, meu professor de espanhol, que prontamente respondeu meu e-mail e sanou a dúvida. Vamos a resposta dele (vou traduzir pra facilitar o entendimento):

"Marcos, achei engraçada a tua pergunta, te explico: o que acontece nessa música com o participio do verbo partir (que além disso, tem dois significados: cortar, romper algo ou se mover, marchar) é que o Alejandro Sanz tem um sotaque da região sul da Espanha e lá eles costumam "comer" algumas letras, quer dizer, eles tem um sotaque muito particular, por isso pronunciam partío."

O mesmo acontece na música com o verbo "herir" (ferir), que o Alejandro Sanz canta "herío" e, na verdade, o participio do verbo "herir" é "herido".

Dúvida esclarecida, não vou mais cantar errado!

Passa o Cartão!

Às vezes eu me espanto com a criatividade dos compositores brasileiros.

Às vezes eu me espanto com a capacidade que algumas pessoas têm de se expor ao ridículo pra ganhar um punhado de dinheiro.

Às vezes eu me espanto com a falta de cultura de uma multidão “de pessoas” (vou usar uma tautologia para enfatizar a quantidade de pessoas que compactuam com isso, porque “multidão de vaca é foda!”).

Alguns séculos atrás, décadas ou talvez poucos anos, muitas pessoas de outros países acreditavam que macacos andavam pelas ruas das cidades brasileiras e que nós vivíamos numa floresta.

Esta era a visão do nosso país. Índios de tanguinha, circulando pelas ruas.

Mudou um pouco e, no inicio desse século, a idéia do macaco estava estampada em outro contexto. Jogadores dentuços, feios e com a cara deste animal (pobre macaco...!) fizeram nosso país ser conhecido pela arte de jogar um esporte criado pelos ingleses, se não estou enganado.

Não podemos esquecer do Carnaval. Ah sim! Também somos conhecidos por isso!

Turismo sexual? Nem vou comentar.

Pois ao ver esse vídeo que está postado logo abaixo deste texto (com a letra da música), tive receio de que a gente possa vir a ser conhecido pelos funks criados no Rio de Janeiro.

Já imaginaram a cena?

Você estudando fora ou fazendo uma viagem, chega e diz ao grupo de pessoas que é do Brasil. As pessoas vão olhar pra você e dizer: “Créu!” (em 5 velocidades).

Pior! Vão cumprimentar você mandando se virar e passando o cartão, literalmente, no meio da sua bunda!

Agora, quando eu estiver no caixa de uma loja e a vendedora perguntar qual a forma do pagamento, vou dizer que quero “passar o cartão!”.



Passa o Cartão (MC Jair da Rocha)

Pode vir na posição,
Pode vir na posição,
Vacilar na brincadeira,
Leva um “passa cartão”.

Pode vir na posição,
Pode vir na posição,
Vacilar na brincadeira,
Leva um “passa cartão”.

Magnético eletrônico,
Cinco dedos, uma mão,
Contagiando a geral,
Nessa do “passa o cartão”,
Se ficar na minha frente,
Rebolando até o chão,
Não adianta reclamar,
Eu vou passar o meu cartão.

Tu ta gostando danadinha?
Então dá uma empinadinha,
Empina, empina, empinadinha,
Empina, empina, empinadinha.

Mão no joelho, até o chão,
Vou passar o meu cartão,
Empina, empina, empinadinha,
Empina, empina, empinadinha.

Eu to aqui que não me agüento,
Vendo essa posição
Me desculpe, eu lamento,
Sem querer passei o cartão,

Azulzinho e clonado,
Meu cartão ta estourado,
Ela não se irritou,
Eu dei sorte com a mina,
E o meu cartão cantou.

Pode vir na posição,
Pode vir na posição,
Vacilar na brincadeira,
Leva um “passa cartão”.

Pode vir na posição,
Pode vir na posição,
Vacilar na brincadeira,
Leva um “passa cartão”.

quinta-feira, dezembro 25, 2008

O MSN por Arnaldo Jabor

Sempre odiei o que a maioria das pessoas fazem com os seus MSN's. Não estou falando desta vez dos emoticons insuportáveis que transformaram a leitura em um jogo de decodificação, mas as declarações de amor, saudades, empolgação traduzidas através do nick.

O espaço "nome" foi criado pela Microsoft para que você digite O NOME que lhe foi dado no batismo. Assim seus amigos aparecem de forma ordenada e você não tem que ficar clicando em cima dos mesmos pra descobrir que 'Vendo Abadá do Chiclete e Ivete' é na verdade Tiago Carvalho, ou 'Ainda te amo Pedro Henrique' é o MSN de Marcela Cordeiro. Mas a melhor parte da brincadeira é que normalmente o nick diz muito sobre o estado de espírito e perfil da pessoa. Portanto, toda vez que você encontrar um nick desses por aí, pare para analisar que você já saberá tudo sobre a pessoa.


“A-M-I-G-A-S o fim de semana foi perfeito!!!” acabou de entrar.

Essa com certeza, assim como as amigas piriguetes (perigosas), terminou o namoro e está encalhadona. Uma semana antes estava com o nick 'O fim de semana promete'. Quer mostrar pro ex e pros peguetes (perigosos) que tem vida própria, mas a única coisa que fez no fim de semana foi encher o rabo de Balalaika, Baikal e Velho Barreiro e beijar umas bocas repetidas. O pior é que você conhece o casal e está no meio desse "tiroteio", já que o ex dela é também conhecido seu, entra com o nick "Hoje tem mais balada!", tentando impressionar seus amigos e amigas e as novas presas de sua mira, de que sua vida está mais do que movimentada, além de tentar fazer raiva na ex.


“Polly em NY” acabou de entrar.

Essa com certeza quer que todos saibam que ela está em uma viagem bacana. Tanto que em breve colocará uma foto da 5ª Avenida no Orkut com a legenda "Eu em Nova York". Por que ninguém bota no Orkut foto de uma viagem feita a Praia-Grande - SP ?


“Quando Deus te desenhou ele tava namorando” acabou de entrar.

Essa pessoa provavelmente não tem nenhuma criatividade, gosto musical e interesse por cultura. Só ouve o que está na moda e mais tocada nas paradas de sucesso. Normalmente coloca trechos como "Diga que valeuuu" ou "O Asa Arreia" na época do carnaval.


“Por que a vida faz isso comigo?” acabou de entrar.

Quando essa pessoa entrar bloqueie imediatamente. Está depressiva porque tomou um pé na bunda e irá te chamar pra ficar falando sobre o ex.


“ Maria Paula ocupada prá c** “ acabou de entrar.

Se está ocupada prá c**, por que entrou cara-pálida? Sempre que vir uma pessoa dessas entrar, puxe papo só pra resenhar; ela não vai resistir à janelinha azul piscando na telinha e vai mandar o trabalho pro espaço. Com certeza.


“Paulão, quero você acima de tudo” acabou de entrar.

Se ama compre um apartamento e vá morar com ele. Uma dica: Mulher adora disputar com as amigas. Quanto mais você mostrar que o tal do Paulão é tudo de bom, maiores são as chances de você ter o olho furado pelas sua amigas piriguetes (perigosas).


“Marizinha no banho” acabou de entrar.

Essa não consegue mais desgrudar do MSN. Até quando vai beber água troca seu nick para "Marizinha bebendo água". Ganhou do pai um laptop pra usar enquanto estiver no banheiro, mas nunca tem coragem de colocar o nick "Marizinha matriculando o moleque na natação".


“ < . ººº< . ººº< / @ e $ $ ! - @ >ªªª . >ªªª >” acabou de entrar.

Essa aí acha que seu nome é o Código da Vinci pronto a ser decodificado. Cuidado ao conversar: ela pode dizer 'q vc eh mtu déixxx, q gosta di vc mtuXXX, ti mandá um bjuXX'.


“Galinha que persegue pato morre afogada” acabou de entrar.

Essa ai tomou um zig e está doida pra dar uma coça na piriguete que tá dando em cima do seu ex. Quando está de bem com a vida, costuma usar outros nicks-provérbios de Dalai Lama, Lair de Souza e cia.


“VENDO ingressos para a Chopada, Camarote Vivo Festival de Verão, ABADÁ DO EVA, Bonfim Light, bate-volta da vaquejada de Serrinha e LP” acabou de entrar.

Essa pessoa está desesperada pra ganhar um dinheiro extra e acha que a janelinha de 200 x 115 pixels que sobe no meu computador é espaço publicitário.


“Me pegue pelos cabelos, sinta meu cheiro, me jogue pelo ar, me leve pro seu banheiro...” acabou de entrar.

Sempre usa um provérbio, trecho de música ou nick sedutores. Adora usar trechos de funk ou pagode com duplo sentido. Está há 6 meses sem dar um tapa na macaca e está doida prá arrumar alguém pra fazer o servicinho.


“Danny Bananinha” acabou de entrar.

Quer de qualquer jeito emplacar um apelido para si própria, mas todos insistem em lhe chamar de Melecão, sua alcunha de escola. Adora se comparar a celebridades gostosas, botar fotos tiradas por si mesma no espelho com os peitos saindo da blusa rosa. Quer ser famosa. Mas não chegará nem a figurante do Linha Direta.


Bom é isso, se quiserem escrever alguma mensagem, declaração ou qualquer coisa do tipo, tem o campo certo em opções 'digitem uma mensagem pessoal para que seus contatos a vejam' ou melhor, fica bem embaixo do campo do nome!! Vamos facilitar!!!!

Arnaldo Jabor

domingo, dezembro 21, 2008

Verbo Tomar

Voltei a traduzir músicas em espanhol para fãs desesperados.

Hoje fiquei alguns minutos refletindo sobre uma frase que eu traduzi, pois mesmo escrevendo em português, tem hora que eu não fico feliz com as traduções.

A frase (traduzida) é a seguinte:

"Tomar uma coisa pela outra demonstra sua falta de clareza"

Eu abri vários dicionários pra saber se o verbo "tomar" pode assumir o sentido de interpretar ou considerar, mas não achei nada.

Como não tenho bons dicionários de português, resolvi apelar para o Google.

Achei um livro chamado "A ética da paixão: uma teoria psicanalista do afeto" (Marcus André Vieira) com a seguinte frase:

"(...) Para o terceiro eixo, Lacan utiliza-se do termo méprise, habitualmente traduzido por engano ou equivocação. Em seu lugar, utilizaremos o termo confusão, no sentido de tomar uma coisa pela outra."

Era exatamente o que eu buscava. Bingo!

Existe a expressão em português e mesmo que soe estranho, a minha tradução está certa.

Deus salve o Google e o Marcus André Vieira que tirou a minha dúvida de português!

Se alguém quiser ver a tradução da música "No Me Ofendas", já está no site Vaga Lume.

sábado, dezembro 20, 2008

Concentrando a cerveja



A foto diz tudo! Tem orientador bom quem merece!

Enquanto eu estava tentando fazer minhas análises químicas com seriedade, meu (co) orientador queria começar a festa de confraternização...

Daí não teve jeito! Botamos a cerveja no roto (foto)... hehehe

Mário, valeu pela foto!

terça-feira, dezembro 16, 2008

Conflitos Internos

Queria que vocês estivessem dentro da minha cabeça pra conseguir entender todos os milhares de pensamentos que passaram por ela hoje, mas como isso ainda não é possível, vou tentar comentar algumas coisas.

Hoje foi a defesa da monografia de uma grande amiga minha, Renata Azambuja, que fez um trabalho lindo sobre “Ecopedagogia”.

Após assistir a apresentação da Renata (enquanto assistia, na verdade), comecei a pensar no quão diferente eram as nossas linhas de pesquisa.

O mais engraçado é que nós começamos juntos, no Laboratório de Fisiologia Vegetal, trabalhando com sementes e plântulas de pau-brasil.

Quando nós entramos no curso de Bacharelado em Ciências Biológicas, fomos moldados para sermos bons pesquisadores e este conceito de “bom” está relacionado com o quanto você produz. Em outras palavras, o quanto você publica de artigos.

Antes de prosseguir, preciso lembrar uma célebre frase de um professor da UFPE que diz durante as suas aulas:

“Apenas 5% dos alunos dessa turma vão realmente ser pesquisadores! Os demais vão vender picolé na praia!”

Exageros a parte, ele tem razão! Poucos são os que fazem mestrado e doutorado e continuam exercendo o oficio da pesquisa. Isso tudo porque o nosso país não está preparado pra absorver um número tão grande de profissionais dessa área e a maioria acaba seguindo outro rumo.

Então, pra correr atrás do prejuízo e fazer parte desses 5%, nós começamos a trabalhar intensamente e nos dedicar aos estudos e às publicações.

Nos tornamos pesquisadores, alguns de renome internacional.

O que muitos esqueceram é que a universidade é formada por 3 pilares, que alguns chamam de tripés, que são: a Pesquisa, o Ensino e a Extensão.

E que danado é isso?

O artigo 207 da Constituição Brasileira dispõe que: "As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial e obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão".

Ensino, Pesquisa e Extensão constituem as três funções básicas da universidade, as quais devem ser equivalentes e merecer igualdade em tratamento por parte das instituições de ensino superior, pois, ao contrário, estarão violando esse preceito constitucional.

Com o nosso dinheiro, o governo financia as universidades que estão voltadas para a Pesquisa, desenvolvendo novos estudos e descobrindo coisas novas; Ensino, formando novos profissionais das diversas áreas e Extensão, fazendo com que este conhecimento chegue até a comunidade.

Pois bem, estes 5% não estão nem um pouco voltados para o Ensino e MUITO menos para a Extensão. A cabeça só está na Pesquisa, afinal nosso curso nos prepara para sermos pesquisadores de renome, como disse no início.

Isso, na minha opinião, é péssimo! E o pior de tudo é que eu só percebi agora. Agora que só sei ser pesquisador!

E o que mais me espantou hoje, na monografia da Renata, é que ela conseguiu abordar todas estas funções básicas da universidade e fez da sua Pesquisa uma inovação para o Ensino que foi facilmente aplicável na Extensão!

Acredito que a célebre frase do nosso professor devia ser alterada para:

“Apenas 1 aluno dessa sala vai conseguir entender o seu papel na universidade! Os demais vão ser pesquisadores ou vão vender picolé na praia!"

Passamos (nós, apenas pesquisadores) para a outra categoria! Junto com os vendedores de picolé...

Parabéns Renata! Você conseguiu! Emocionei-me com a sua emoção!

domingo, dezembro 14, 2008

Recife Contra a Carrocinha


Vou tentar não me alterar tanto e não mandar ninguém se fuder, pois esta prática está chocando alguns leitores do meu blog, mas vamos falar de um tema polêmico e antigo: carrocinha.

O QUE É “CARROCINHA” OU CCZ ?

Carrocinha é o nome dado aos veículos que os Centros de Controle de Zoonoses do Brasil, usam para capturar animais errantes. Os CCZs também recebem animais entregues por seus donos, descartados pelas mais diversas razões, mas que no fim das contas tem apenas um nome: ABANDONO.

As instalações da grande maioria desses canis públicos são precárias e esse fato, por si, já configura maus tratos aos animais apreendidos. O cambão (instrumento usado para laçar os animais), quando usado por pessoal sem preparo - o que representa a grande maioria dos casos - pode deslocar o maxilar, quebrar dentes ou mesmo causar danos na coluna, fraturas nas patas e até mesmo a morte do animal.

Agora, veja a foto abaixo e me diga, com sinceridade, se não dá vontade de matar um filho da puta que faz isso com um pobre animal?



Eu entendo que muitas vezes a culpa não é da pessoa que faz as capturas dos animais e que muitos desses cachorros abandonados estão transmitindo doenças para pessoas nas ruas, mas volto a me perguntar: de quem é a culpa?

Com ou sem responsável por isso, algumas pessoas resolveram se unir contra os maus tratos aos animais, aqui em Recife.

Criaram o movimento Recife Contra a Carrocinha. No site é possível assinar uma petição contra a carrocinha e ler mais informações sobre a política pública da cidade do Recife para o controle de zoonoses e as razões pelas quais os organizadores acreditam que esta prática é dispensável.

Entre, leia as informações do site e assine a petição!

Faça a sua parte!

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Complemento - Aterciopelados

Laura, eu sei que eu ando valendo menos que a margarina (hehehe), mas eu me lembrei de você quando escutei essa música... que bom que você gostou!

¿Shakira? ¿De dónde es?

Eu começo meu post com essa pergunta que está no título.

Todo mundo sabe a resposta: Colômbia, claro!

Mas se eu fizer outra pergunta, será que muitas pessoas vão saber responder?

Vamos lá:

Quem mais faz sucesso na musica colombiana?

Pois é, não é que a Milena tinha razão (de novo)! Nós enchemos a boca pra falar que nós, os brasileiros, somos muy receptivos, que adoramos nossos hermanos, mas não sabemos porra nenhuma sobre suas culturas, músicas, política, etc, etc.

Enfim, isso é um tema para um post que eu vou escrever logo mais, que marcará o início dos preparativos da minha próxima festa de aniversário. Porque, “en la fiesta mando yo!”

Por enquanto, vamos voltar ao tema do post: música colombiana.

Recentemente, eu ganhei alguns CDs de cantores da Colômbia, da Paola (¡Gracias Paola! ¡Me gustó muchísimo!).

Uma das bandas que mais me chamou atenção até agora (são MUITOS CDs e eu não tive tempo de escutar todos ainda) é uma banda chamada Aterciopelados.

Aterciopelados é um grupo colombiano de rock alternativo, que foi criado em 1990 com o nome "Delia y Los Aminoácidos", mudando seu nome em 1992.

O nome é um pouco diferente, mas o som é ótimo! A voz da vocalista, Andrea Echeverri, é bem diferente, porém, bem interessante!

Eles já lançaram 9 CDs, mas eu prefiro o CD que se chama “Oye” (ainda estou baixando o CD que eles lançaram em 2008, chamado "Río").

Quem quiser saber mais sobre essa banda que toca um som muito bom, é só entrar no blog deles, clicando aqui ou buscando informações no Wikipedia, clicando aqui.

Bom som!

No Dudaria - Rosario Flores

Sempre gostei da letra dessa música, mas nunca tinha visto o clipe (que combinou com a letra).



Não Duvidaria

Se eu pudesse esquecer tudo aquilo que fui
Se eu pudesse apagar tudo o que vi
Não duvidaria, não duvidaria em voltar a rir

Se eu pudesse explicar as vidas que tirei
Se eu pudesse queimar as armas que usei
Não duvidaria, não duvidaria em voltar a rir

Prometo ver a alegria
E aprender com a experiência
Mas nunca, nunca mais usar a violência

Se eu pudesse semear os campos que arrasei
Se eu pudesse devolver a paz que tirei
Não duvidaria, não duvidaria em voltar a rir

Se eu pudesse esquecer aquele pranto que ouvi
Se eu pudesse conseguir afastá-lo de mim
Não duvidaria, não duvidaria em voltar a rir

Prometo ver a alegria
E aprender com a experiência
Mas nunca, nunca mais usar a violência
Desculpe-me Milena!

Mas é impossível não publicar isso!

Você tem o e-mail do Lula ou do ministro?

Gostaria muito que eles também tivessem acesso ao seu texto!

Casas de Tijolos (S. Milena N. A. Soares)

“Há quem passe por um bosque e só veja lenha para a fogueira.”

Tolstói


“No entanto se o homem quisesse poderias refazer 10 vezes o Partenon. Porém, não conseguirá nunca, recriar um único “canyon”, formado por milênios de erosão paciente, onde o sol, o vento e a água conjugaram seus esforços”

Antes que a Natureza morra


Os dois textos acima ilustram com elegância literária a problemática que estamos vivendo. A elegância literária é algo que infelizmente não possuo, por isso perdoe-me, mas a urgência da denuncia aqui, expia meu pecado de escrever sem dom.

O principal tema deste ensaio se chama: Amazônia, Carlos Minc, ONGs preservacionistas e governo.

Minha indignação está beirando a irracionalidade! Ultimamente tenho acompanhado de perto toda notícia relacionada à preservação e meio ambiente e entro com regularidade nas páginas de ONGs como Greenpeace e WWF!

Desde quando nossa querida ex-ministra Marina Silva, abdicou do cargo, e que assim sinalizou para os órgãos internacionais e nacionais que as coisas na Amazônia não iam bem (na verdade acredito que o recado dela foi mais profundo, não ia bem coisa alguma) começou uma verdadeira odisséia para proteger a Amazônia. Nosso atual ministro tem tentado combater o desmatamento e dar respostas positivas à comunidade internacional, tendo em vista a importância desta formação florestal para a biodiversidade e conservação do planeta.

Não vou questionar a importância da Amazônia, pois isso seria ridículo. Isso é inquestionável e não posso acreditar que alguém duvide da importância vital dessa formação vegetacional para a nossa própria sobrevivência.

O que me revolta é a cegueira. A extensão do nosso território da uma pista do motivo desse ensaio: 8.514.876,599 km². Um país de dimensões continentais e, portanto, com uma diversidade de clima e solo consideráveis, que são os componentes primordiais para diversidade tanto de vegetação como fauna. E não é preciso imaginar. No nosso país, existem formações vegetacionais (Amazônia, Mata Atlântica, Cerrados, Caatinga, Campos Sulinos) de diversidade e importância tanto ambiental como cultural única.

O país quer acelerar o crescimento (PAC) e como resposta ao aumento nas fronteiras agrícolas teremos amplas áreas desmatadas e sem um mínimo de preocupação ou plano para garantir a preservação de áreas suficientemente extensas e diversas para garantir o bom funcionamento dos ecossistemas. Em palavras comuns, não transformar as grandes áreas naturais do país em uma colcha de retalhos, como a que fizemos com a Mata Atlântica. Esse é o ponto? Que áreas vão destruir?

Mas para que nos preocupar? Nosso presidente nos garantiu que há muitas áreas agricultáveis no país. Mas até agora não consigo entender a que áreas se referiam. Serão espaços agrícolas abandonados vítimas do mau uso do solo? Ou a área da Amazônia?

Mas a nossa tranqüilidade foi garantida, a Amazônia não será ameaçada e nosso país tem milhares de terras agricultáveis e a expansão não interferirá no processo de proteger a nossa maravilhosa e tão visada floresta.

As ONGs estão garantindo que isso não aconteça! Entrem na página do Greenpeace e WWF e vejam vocês mesmos leitores. Estamos todos de olho!

Agora uma pergunta estúpida, queridos: qual é a extensão do país?

Ah! Sim: 8.514.876,599 km².

E quantas formações vegetacionais tão importante quanto a Amazônia: cinco.

E alguém se perguntou ou deixou claro se esses ecossistemas serão ameaçados e quão deles está protegido?!

Alguém se preocupa nessas pseudoongs preservacionistas o que acontecerá com a Caatinga e Cerrado?! Claro que sim, irão me responder! Os cerrados, por exemplo, possuem 2 % (gargalhadas nervosas nesse ponto!) da área natural preservada!

Algum dos planejadores ou tomadores de decisão, da federação procurou conhecer alguma dessas áreas (Conhecer não é no mesmo sentido que visitar. Conhecer no sentido de compreender como esses ecossistemas funcionam)! Estudaram o quão complexa são as formações vegetacionais!

Saberiam, por exemplo, que o Cerrado e a Caatinga possuem diferentes fitofisionomias e, portanto, padrões ecológicos e de diversidade diferentes. Que não são uniformes ou como comumente a Caatinga é retratada, não são lugares inóspitos, feios, secos e pobres (Pobre Marinardi, cuja ignorância o fez comentar sobre a caatinga de maneira imbecil)!

Pelo contrário senhores, por exemplo, a caatinga abriga matas úmidas, formações florestais secas e as mais belas relações ecológicas que mantém os solos saudáveis, vegetação útil e extremamente rica, conhecida por centenas de anos pelos sertanejos e, é claro, pelos cientistas.

Vamos falar dos cerrados. Este possui fitofisionomias diversas e possui, ainda, duas formações biogeográficas diferentes. Os cerrados marginais e os cerrados do Brasil central. Não são áreas iguais em diversidade e ecologia. Mas áreas igualmente ameaçadas.

Vou deixar claro para os leitores que as áreas que estão protegidas dos dois tipos de formações vegetacionais (Caatinga e Cerrado) não abrigam quase nada da diversidade originalmente contida nesses ambientes.

O que me revolta é que ninguém cita os dois ambientes, em jornais, TV. O nosso ministro está preocupado demais e deixar sua imagem apresentável a comunidade internacional e, portanto, ligando apenas em mostrar todo o seu trabalho para nossa menina dos olhos!

A expansão da agricultura ameaça como nunca esses dois ambientes e ninguém, quer do governo ou organizações não governamentais parece perceber isso! Com exceção louvável da Conservação Internacional que vem garantindo um sério trabalho nas principais formações vegetacionais brasileira.

Proponho que entrevistem e procurem os cientistas! Eles estão cientes do que estamos perdendo! Um pesquisador do Cerrado e da Caatinga irá fazer seus olhos enxergarem!

A Caatinga e os Cerrados são a menina dos olhos, Senhor Ministro, de milhões de pessoas, faça, os seus, enxergarem! Enquanto isso continuem, pesquisadores, a investigar o que as nossas matas escondem, e não esqueçam de registrar! Um dia quando a população valorizar, quem sabe, ela não se contenta com vídeos e fotografia, enquanto padece nossos solos, clima, fauna e flora.

Aqui meus amigos, lamento que o que ousamos destruir não possamos reconstruir, como casas de tijolos.

S. Milena N. A. Soares