Passa o Cartão!
Às vezes eu me espanto com a criatividade dos compositores brasileiros.
Às vezes eu me espanto com a capacidade que algumas pessoas têm de se expor ao ridículo pra ganhar um punhado de dinheiro.
Às vezes eu me espanto com a falta de cultura de uma multidão “de pessoas” (vou usar uma tautologia para enfatizar a quantidade de pessoas que compactuam com isso, porque “multidão de vaca é foda!”).
Alguns séculos atrás, décadas ou talvez poucos anos, muitas pessoas de outros países acreditavam que macacos andavam pelas ruas das cidades brasileiras e que nós vivíamos numa floresta.
Esta era a visão do nosso país. Índios de tanguinha, circulando pelas ruas.
Mudou um pouco e, no inicio desse século, a idéia do macaco estava estampada em outro contexto. Jogadores dentuços, feios e com a cara deste animal (pobre macaco...!) fizeram nosso país ser conhecido pela arte de jogar um esporte criado pelos ingleses, se não estou enganado.
Não podemos esquecer do Carnaval. Ah sim! Também somos conhecidos por isso!
Turismo sexual? Nem vou comentar.
Pois ao ver esse vídeo que está postado logo abaixo deste texto (com a letra da música), tive receio de que a gente possa vir a ser conhecido pelos funks criados no Rio de Janeiro.
Já imaginaram a cena?
Você estudando fora ou fazendo uma viagem, chega e diz ao grupo de pessoas que é do Brasil. As pessoas vão olhar pra você e dizer: “Créu!” (em 5 velocidades).
Pior! Vão cumprimentar você mandando se virar e passando o cartão, literalmente, no meio da sua bunda!
Agora, quando eu estiver no caixa de uma loja e a vendedora perguntar qual a forma do pagamento, vou dizer que quero “passar o cartão!”.
Passa o Cartão (MC Jair da Rocha)
Pode vir na posição,
Pode vir na posição,
Vacilar na brincadeira,
Leva um “passa cartão”.
Pode vir na posição,
Pode vir na posição,
Vacilar na brincadeira,
Leva um “passa cartão”.
Magnético eletrônico,
Cinco dedos, uma mão,
Contagiando a geral,
Nessa do “passa o cartão”,
Se ficar na minha frente,
Rebolando até o chão,
Não adianta reclamar,
Eu vou passar o meu cartão.
Tu ta gostando danadinha?
Então dá uma empinadinha,
Empina, empina, empinadinha,
Empina, empina, empinadinha.
Mão no joelho, até o chão,
Vou passar o meu cartão,
Empina, empina, empinadinha,
Empina, empina, empinadinha.
Eu to aqui que não me agüento,
Vendo essa posição
Me desculpe, eu lamento,
Sem querer passei o cartão,
Azulzinho e clonado,
Meu cartão ta estourado,
Ela não se irritou,
Eu dei sorte com a mina,
E o meu cartão cantou.
Pode vir na posição,
Pode vir na posição,
Vacilar na brincadeira,
Leva um “passa cartão”.
Pode vir na posição,
Pode vir na posição,
Vacilar na brincadeira,
Leva um “passa cartão”.
Às vezes eu me espanto com a capacidade que algumas pessoas têm de se expor ao ridículo pra ganhar um punhado de dinheiro.
Às vezes eu me espanto com a falta de cultura de uma multidão “de pessoas” (vou usar uma tautologia para enfatizar a quantidade de pessoas que compactuam com isso, porque “multidão de vaca é foda!”).
Alguns séculos atrás, décadas ou talvez poucos anos, muitas pessoas de outros países acreditavam que macacos andavam pelas ruas das cidades brasileiras e que nós vivíamos numa floresta.
Esta era a visão do nosso país. Índios de tanguinha, circulando pelas ruas.
Mudou um pouco e, no inicio desse século, a idéia do macaco estava estampada em outro contexto. Jogadores dentuços, feios e com a cara deste animal (pobre macaco...!) fizeram nosso país ser conhecido pela arte de jogar um esporte criado pelos ingleses, se não estou enganado.
Não podemos esquecer do Carnaval. Ah sim! Também somos conhecidos por isso!
Turismo sexual? Nem vou comentar.
Pois ao ver esse vídeo que está postado logo abaixo deste texto (com a letra da música), tive receio de que a gente possa vir a ser conhecido pelos funks criados no Rio de Janeiro.
Já imaginaram a cena?
Você estudando fora ou fazendo uma viagem, chega e diz ao grupo de pessoas que é do Brasil. As pessoas vão olhar pra você e dizer: “Créu!” (em 5 velocidades).
Pior! Vão cumprimentar você mandando se virar e passando o cartão, literalmente, no meio da sua bunda!
Agora, quando eu estiver no caixa de uma loja e a vendedora perguntar qual a forma do pagamento, vou dizer que quero “passar o cartão!”.
Passa o Cartão (MC Jair da Rocha)
Pode vir na posição,
Pode vir na posição,
Vacilar na brincadeira,
Leva um “passa cartão”.
Pode vir na posição,
Pode vir na posição,
Vacilar na brincadeira,
Leva um “passa cartão”.
Magnético eletrônico,
Cinco dedos, uma mão,
Contagiando a geral,
Nessa do “passa o cartão”,
Se ficar na minha frente,
Rebolando até o chão,
Não adianta reclamar,
Eu vou passar o meu cartão.
Tu ta gostando danadinha?
Então dá uma empinadinha,
Empina, empina, empinadinha,
Empina, empina, empinadinha.
Mão no joelho, até o chão,
Vou passar o meu cartão,
Empina, empina, empinadinha,
Empina, empina, empinadinha.
Eu to aqui que não me agüento,
Vendo essa posição
Me desculpe, eu lamento,
Sem querer passei o cartão,
Azulzinho e clonado,
Meu cartão ta estourado,
Ela não se irritou,
Eu dei sorte com a mina,
E o meu cartão cantou.
Pode vir na posição,
Pode vir na posição,
Vacilar na brincadeira,
Leva um “passa cartão”.
Pode vir na posição,
Pode vir na posição,
Vacilar na brincadeira,
Leva um “passa cartão”.
posted by Miguio at 1:31 AM
8 Comments:
Meu Deus
mais eu acredito que tenha uma “multidão de vaca” nesse show
Concordo com Vanessa, Vinicius.
Beijos e namarië
Nossa! Eu nunca vi na minha vida um video tão baixarioso... Que nojo.... Tive que fazer esforço para ver o video até o fim.
Quando estavamos conversando de tarde sobre esse video fiquei pensando no que leva alguem a se submeter a esse tipo de coisa, mas ao ler o post e ver o video comecei a pensar numa coisa.
Concordo que deve haver formas melhores de se passar a imagem do BR q não seja por bundas de mulheres. Eu particularmente detestei ver que todos os cartões de Copacabana que eu vi no RJ tinham bundas. Mas por outro lado, essa é uma forma de mostrar um país saudável,com gente bonita, melhor que mostrar o povo pobre com cara de pedinte do nosso sertão. Não tô defendendo a bundalização, mas as vezes realidade demais não "vende".
Se a cultura ao corpo não fosse tão rentavel os concursos de miss pelo mundo já teriam acabado. Pq só os das mulheres fazem sucesso? (nem sei se ainda existe concurso para Mister). Se fosse para ser só pela beleza, simpatia e etc, poderia abolir a prova do biquini.
Com relação as mulheres que dançam esse tipo de musica, eu particularmente prefiro ser uma das "meninas do cartão" do que está me prostituindo por R$ 20 ou até menos.
De certa forma elas estão fazendo o que milhares de stripers fazer em todo mundo. A diferença é que o video não está no youtube.
Apesar que creio que tem gente que goste de dançar essa música sem ter que ter nenhum "fator externo" colaborando para tal.
só para deixar claro, eu não apoio a bundalização, e acho que a musica "nádegas a declarar" de gabriel,o pensador fala tudo sobre o mundo bundalizado. Onde diz que a bunda pode ser seu passaporte para a fama, ou seu ganha pão.
"ordem e progresso: sua bunda é sucesso, nadegas a declarar, nádegas a declarar"
Vivi's concordo contigo em algumas partes, mas discordo em outras.
Realmente a realidade muitas vezes não vende, mas será que não seria melhor fazer campanhas turísticas sobre locais para se visitar, comidas típicas, música regional de qualidade, ao invés de colocar bundas nos outdoors da cidade?
Existe tanta banda boa espalhada pelo Brasil! Muitas delas passam a vida toda no anonimato.
Existe tanta praia pelo país! Cidades históricas, florestas (olha o ecoturismo aí!).
Enfim, acho que explorar outras opções de coisas boas e bonitas seria melhor, pois bunda pode atrair um punhado de homens, mas será que essas outras coisas não atrairiam famílias inteiras para conhecer o Rio de Janeiro, por exemplo?
Sobre o fato da mulher estar arreganhada, deixando o cara passar o cartão nela ser melhor do que ela estar se prostituindo, também concordo!
Até porque muitas dessas meninas saem das ruas e sonham ser dançarinas desses MCs.
Mas será que o melhor mesmo não seria se elas estivessem na escola? Numa atividade extracurricular? Não seria um sonho mais decente ser advogada ou médica de sucesso (não estou descriminando a profissão de dançarina de funk)?
Entre ser prostituta e ser a garota cartão, me parece menos pior ser a garota cartão.
Sei que você não entrou no mérito dessa questão, mas só não concordo que um erro (prostituição) seja compensado por outro (garota cartão), pois sei que muitos políticos e tomadores de decisões podem pensar assim pra outros casos.
Enfim, ADOREI ler seu comment e ver que você perdeu uns minutinhos lendo e refletindo sobre o que eu escrevi e também perdeu mais uns minutos escrevendo sua opinião.
Fiquem todos à vontade para expressar suas opiniões no meu blog!
Abraço a todos!
=)
Ah! Vivi's, achei perfeita a citação de "Nádegas a Declarar" do Gabriel Pensador.
Encaixa-se perfeitamente no contexto do post e, se eu tivesse lembrado dela enquanto escrevia o post, certamente teria citado!
vinicius chocsda como vc bota isso no seu blog?
=****
Obrigada Marcus! Gosto de ver que temos outras opções para vender um "país saudável" do que uma "bunda". Acho que belas cidades e paisagens, além de uma infinidade de danças foclóricas espalhadas por aí seriam melhor!
bjus
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