domingo, abril 20, 2008

Curso de Campo na Caatinga - Primeira Semana

Uma semana do 1° Curso de Campo da Caatinga, em Parnamirim (PE).

Todos os projetos orientados pelos professores do curso já ocorreram e a partir de amanhã começamos a fazer nossos projetos individuais.

Até agora rolou muitos trabalhos de interação entre animais e plantas devido a presença de alguns professores que influenciaram a escolha dos temas, mas mesmo assim os projetos foram interessantes.

Deixando os trabalhos de lado, ontem nós fomos para um forró no clube da cidade (foto dos bastidores). Todos em Parnamirim estavam esperando o show do Flavio Leandro - O Poeta do Forrobodó, um cantor de forró bem famoso por essas bandas.



Antes do show do Flávio Leandro, rolou um show de uma banda chamada “Os Feras do Forró” que cantaram várias músicas engraçadas e de baixo nível, por assim dizer.

O melhor da banda eram as dançarinas (foto).



Rimos muito, dançamos muito, beberam muito e ainda rolou um “parabéns pra você” para o George que aniversariou ontem, puxado pelo vocalista da banda.

terça-feira, abril 15, 2008

Curso de Campo na Caatinga

Tudo certo em Parnamirim.

Apesar da longa e cansativa viagem, o curso está ótimo!

Amanhã começam os projetos de campo e quando eu tiver mais novidades e fotos sobre os trabalhos e as diversões, eu escrevo mais por aqui.

domingo, abril 13, 2008

Dança do Quadrado (Sharon)

E na formatura de ontem, tinha que ter tocado a "Dança do Quadrado" e tocou!

Cada um no seu quadrado
Cada um no seu quadrado

Eu disse: "Ado, a-a-do, cada um no seu quadrado!"
Eu disse: "Ado, a-a-do, cada um no seu quadrado!"

Something Inside (Jonathan Rhys Meyers)



Something Inside (Jonathan Rhys Meyers)

When the one thing you’re looking for
Is nowhere to be found
And you back stepping all of your moves
Trying to figure it out
You wanna reach out
You wanna give in
Your head’s wrapped around what’s around the next bend
You wish you could find something warm
'Cause you’re shivering cold

It’s the first thing you see as you open your eyes
The last thing you say as your saying goodbye
Something inside you is crying and driving you on
It’s the first thing you see as you open your eyes
The last thing you say as your saying goodbye
Something inside you is crying and driving you on
'Cause if you hadn't found me
I would have found you
I would have found you

So long you’ve been running in circles
'Round what’s at stake
But now the times come for your feet to stand still in one place
You wanna reach out
You wanna give in
Your head’s wrapped around what’s around the next bend
You wish you could find something warm
'Cause you’re shivering cold

It’s the first thing you see as you open your eyes
The last thing you say as your saying goodbye
Something inside you is crying and driving you on
It’s the first thing you see as you open your eyes
The last thing you say as your saying goodbye
Something inside you is crying and driving you on
'Cause if you hadn't found me
I would have found you
I would have found you

It was your first taste of love
Living upon what you had

terça-feira, abril 08, 2008

New Kids Back On The Block

Noticia publicada pelo site http://music.msn.com/

Após 2 meses de rumores, os 5 integrantes do grupo New Kids On The Block fizeram uma apararição oficial nessa sexta-feira no programa da NBC.

(Continuando meu post...)

E pasmem! Eles vão voltar! A moda da "trash music" pegou fora do Brasil também.

Certamente vocês lembram deles. Todo mundo que tem mais de 20 anos já cantou: "Step By Step" pelo menos uma vez na vida!

Pois é! O melhor é voltar a ensaiar a coreografia!

Veja o clipe abaixo.

sábado, abril 05, 2008

Pegando o Luiz Gonzaga na mentira

Quando voltava de Serra Talhada, me ocorreu um pensamento que fui amadurecendo durante a viagem.

Antes de continuar o post, preciso relembrá-los do trecho de uma música do Luiz Gonzaga, chamada “Xote das Meninas”:

“Mandacaru
Quando fulora na seca
É o sinal que a chuva chega no sertão
Toda menina que enjoa
Da boneca
É sinal que o amor
Já chegou no coração”


Bom, o mandacaru da música e uma espécie (Cereus jamacaru subsp. jamacaru DC.) que pertence à família Cactaceae, um cacto que está na lista das espécies que eu estudo na minha tese de doutorado.

No caminho de volta pra Recife, lá pelos lados de Serra Talhada até Caruaru é possível ver vários mandacarus bem grandes com seus frutos que servem de alimento para muitos animais da Caatinga (para maiores detalhes sobre esse assunto, aguardem os resultados da minha tese... kkk).

Mas agora, voltando a música, o Luiz Gonzaga diz que, quando o mandacaru flora (ou floresce), é o sinal que a chuva “chega” no sertão.

Se o verbo CHEGAR está no presente do indicativo (3° pessoa do singular – ele chega ou a chuva chega) e nós estamos no inicio da estação chuvosa (as chuvas começam em fevereiro e março), o que nós devíamos estar vendo no sertão era um monte de mandacaru com flores, afinal, como diz o Luiz Gonzaga, quando o mandacaru flora a chuva chega no sertão.

Mas não é bem isso que ocorre não.

Quando a chuva chega no sertão, na verdade, os frutos já estão todos formados e as sementes estão sendo dispersadas, já que elas precisam de água para germinar e formar novos mandacarus. Então, o mandacaru deve florescer no final do ano, bem antes da chuva chegar no sertão, nos meses de novembro ou dezembro, em plena estação seca.

Sendo assim, eu proponho uma alteração na música “Xote das Meninas”:

"Mandacaru
Quando GERMINA na seca
É o siná que a chuva chega no sertão"


Assim a música fica biologicamente correta.

A grande volta

“Atenção motorista, verifique o freio!”

Quando nós avistamos uma placa na estrada com esses dizeres acima, no inicio da descida da Serra da Russa, em Gravatá (PE), todos que estavam dentro do carro caíram na gargalhada!

Pra que todos possam entender o motivo da gargalhada, preciso contar o que aconteceu uns 300 quilômetros antes, ainda no inicio da tarde.

Saímos de Serra Talhada para voltar pra Recife e, antes de seguir viagem, tínhamos que parar na estrada para coletar umas plantas da Carla e da Manuela que estavam viajando conosco.

Quando eu avistei a planta de longe, disse para o motorista:

"Gilcean, pare o carro que tem uma planta ali na frente!"

Ele prontamente pisou no freio, mas o carro não parou!

Com uma mega cara de espanto, ele concluiu que o carro que estávamos viajando estava sem freio!

O pior é que faltavam mais de 300 quilômetros até chegar em Recife.

Fomos a viagem inteira bem devagar e quando chegamos no alto da Serra da Russa, em Gravatá, não tinha o que fazer.

Parecia que estávamos num carrinho de montanha russa (sem trocadilhos com o nome da serra). Levantamos as mãos e começamos a berrar enquanto o carro pegava velocidade na descida da serra.

Depois disso mudamos o nome do Gilcean (motorista) para Gil Reeves, que estava andando em “Velocidade Máxima!”

terça-feira, abril 01, 2008

Serra Talhada News 2

Abaixo uma cópia do e-mail que eu mandei para minha orientadora, contando as novidades da minha viagem a campo.


Inara (com cópia para Laura),

Embora hoje seja dia 01 de abril, o que vou contar aqui não é nenhuma mentira. Até cheguei a pensar que era pegadinha e que você estava nos filmando atras de um arbusto e me testando (por eu ser seu novo aluno), mas eu resisti bravamente e espero que amanhã o dia melhore.

Vamos as novidades:

Saímos da pousada logo de manhã, após o café da manhã e quando chegamos na garagem da pousada, o pneu estava furado. Eu até tentei avisar o Gilcean, mas ele também achava que era pegadinha do dia da mentira.

Enquanto trocávamos o pneu, a Juliana "levou uma carreira" de um bode que saiu desembestado do quintal de uma casa e correu pra cima dela! A coitada está branca até agora!

Trocamos o pneu e levamos na borracharia, mas chegando lá descobrimos que não estava furado. Apenas vasou misteriosamente durante a noite.

Fomos para o centro procurar fita zebrada (que a Juliana tinha esquecido) e depois fomos para o campo. Quando estavamos a caminho (uns 500 metros da primeira área preservada), o carro atolou na lama.

O Gilcean até tentou tirar o carro, mas não teve sucesso. Enquanto ele tentava resolver o problema da Toyota atolada, eu e a Juliana começamos a montar os experimentos.

Acho que nós caminhamos mais de 10 quilômetros entre as áreas, pois a distância mínima entre cada área preservada era 1 quilômetro e nós tínhamos que ir até o carro para buscar as caixas com as plântulas e depois caminhar até as áreas.

No fim do dia, depois de andar tudo isso e tomar uns 5 banhos de chuva (passamos mais de 10 horas molhados), quando chegamos no carro, ele continuava atolado.

O Gilcean foi andando até o IPA (matou uma cobra coral verdadeira no caminho) para trazer um trator para desatolar a Toyota.

O trator também atolou na lama quando se aproximou do local.

Era uma cena inacreditável!

A roda do trator tinha quase a minha altura e estava atolado até a metade.

Anoiteceu e nós estavamos atolados e sem ver um palmo na frente do nariz. Pra piorar a situação, começou a chover (isso sempre acontece nessas horas).

Conseguimos desatolar o trator e fomos de carona até a universidade e de lá pegamos outra carona com os alunos até a pousada.

Segundo Gilcean, ainda não sabemos quem estava mais cansado e fedendo mais. Todos os alunos cheirosos da universidade voltando pra casa e nós estavamos molhados desde manhã cedo e com lama até o cabelo (acho que foi por isso que ninguem quis sentar ao nosso lado no ônibus... kkk).

Chegamos a pouco e já está tudo combinado para levar outro trator com 2 cabos de aço para desatolar seu carro, amanhã de manhã.

Já confirmamos com o pessoal da universidade e amanhã vamos para o alojamento de lá.

No final das contas, conseguimos achar, com a brilhante ajuda do seu mega GPS, 5 áreas preservadas. Infelizmente não sei se vamos conseguir fazer as 20 áreas dos 2 ambientes, mas vamos ficar até a sexta-feira e tentar fazer o máximo possível.

A Juliana está bem! Capotou alí na cama e já está pensando em pedir a 13º bolsa para o CNPq devido a todo nosso maravilhoso dia 01 de abril que, infelizmente, não teve nenhuma mentira!

Espero mandar notícias melhores da próxima vez!

Beijo

=)

Marcos Vinicius Meiado