"Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará", João 8:32.
É com essa frase que eu começo meu post. Eu não inventei! Ela está na bíblia.
Por mais que esta possa ser uma frase onde o leitor faça sua própria interpretação, eu acho que ela pode ser utilizada para exemplificar o meu texto. Digamos que essa minha atitude de utilizá-la tem um certo tom de
"o feitiço que vira sobre o feiticeiro".
Finalmente, depois de alguns meses, eu assisti
"Criação", o filme que retrata os anos de conflito pessoal que o naturalista Charles Darwin passou antes de escrever o seu livro
"A Origem das Espécies".
A família Darwin, em meados do século XIX, acreditava, como todas as pessoas da época (vale salientar a parte
"pessoas da época", pois ela voltará a ser utilizada mais abaixo, ainda nesse texto), que todas as criaturas foram originadas a partir do poder divino. Além disso, todos os problemas, os percalços, as doenças, enfim, tudo isso era provido por Deus, numa tentativa extrema de ensinar os Seus filhos.
Como assim, Bial? Eu não acredito nisso. Um pai, por mais preocupado e desesperado que esteja, não faria seu filho sofrer, nem que fosse para ensinar uma lição. Ainda mais sendo o Pai de todos os pais. Se isso fosse verdade, Ele devia ser processado pelo não cumprimento das leis do Estatuto da Criança e do Adolescente, não é mesmo?
Bom, vamos deixar essa polêmica de lado, pois o intuito do meu texto é falar sobre outra coisa, ou melhor, outra polêmica. O criacionismo. Porém, não é um criacionismo qualquer, é aquele acreditado pelos biólogos.
Ao terminar de ver o filme, além de ter visto uma das maiores provas de amor que uma mulher naquelas circunstâncias pôde dar ao seu marido (eu preciso encontrar a minha Emma Darwin, tenho dito!), eu me perguntei:
"Como pode um profissional das ciências naturais, ou seja, um biólogo, acreditar que o mundo todo, milhões de espécies, foram criados por Deus? Ele (o biólogo) não conheceu a verdade? (aquela que nos libertará, segundo João?)"
Não estou me referindo à comunidade, às pessoas que não foram formadas nas Ciências Biológicas. Refiro-me a profissionais que estudaram durante 4 anos (ou mais) e aprenderam
"na prática", se é que isso pode ser visto em tão pouco tempo de estudo, a teoria da evolução das espécies.
O que me deixa mais intrigado é escutar um profissional dessa área contando aquela história da Criação nos 7 dias. Ou melhor, são 6 dias, pois no 7° dia, Deus descansou.
Ah! Pelo amor de Deus! (olha aí eu me entregando e usando o Seu santo nome em vão, mas isso é a força do hábito. Vou usar a expressão da Milena:
"Ah! Pelo amor de Darwin!"). Não são pessoas daquela época, são biólogos em pleno século XXI que acreditam nisso! É inconcebível! Pelo menos pra mim...
Como o próprio Charles Darwin diz no filme, são mais de 900 espécies de vermes que vivem dentro do sistema digestivo humano (sem desmerecer os Nematoda, senão a Virág e a Vivi me matam, mesmo elas trabalhando com vermes de vida livre) e apresentam adaptações variadas para ocorrência nesse local. Assim, como é que alguém pode acreditar que todas as espécies do mundo foram previamente pensadas e concebidas durante aqueles seis dias?
Não. É demais pra mim! Sou obrigado a citar novamente aquela bela e conhecida frase da música do Conde (o cantor de brega):
"Tudo demais tem limite!"
Então é isso, começando com a citação do apóstolo João e terminando com a citação do cantor de brega, o Conde (por favor, amigos religiosos, não interpretem essa minha atitude de usar citações do apóstolo João e do Conde no mesmo texto como sendo uma afronta, pois não é!), eu encerro o meu texto, deixando o espaço para escutar a opinião de quem concorda e discorda de mim.
Amém?