sexta-feira, novembro 06, 2009

Acertei a gravata do @realwbonner

Foi, no mínimo, surreal o que aconteceu hoje no final da tarde.

Estava aqui no computador lendo um artigo e o Willian Bonner (Sim! O apresentador do Jornal Nacional!) estava na dúvida em ralação à gravata que ele devia usar no jornal de hoje.

Então, sabiamente, ele tirou uma foto de 3 possíveis gravatas, descreveu a camisa e o terno que ele estaria usando e postou tudo isso no twitter dele para que nós pudéssemos ajudá-lo a escolher. Veja aqui.

Num momento "personal styler" do Willian Bonner, eu escolhi a gravata número 2 e fiquei quase 1 hora esperando o Jornal Nacional começar para ver se ele usaria a gravata que eu (e mais de 1 milhão de pessoas no Brasil) escolhi.

Que aflição! O Jornal Nacional demorou pra começar hoje!

Quando finalmente começou, quem apareceu primeiro?

A Fátima Bernardes!

E eu pensei (e gritei): "Uh! Sai daí Fátima!"

Segundos depois, aparece o Willian Bonner e eu berro da sala:

"Acertei a gravata do Willian Bonner!"

Uma dica: Sigam o Willian Bonner no twitter (@realwbonner)! É no mínimo divertido!

O bonde da bêra

Vocês já escutaram aquele ditado que diz: "Pegou o bonde andando e quer sentar na janela"?

Então, pra não parecer que eu quis sentar na janela, achei melhor não comentar nada na noite anterior, quando voltava com a Vanessa, caminhando, da academia.

Próximo a nossa casa, escutamos uma conversa entre duas mulheres (imaginem um sotaque nordestino BEM carregado quando forem ler o diálogo abaixo):

Mulher 1: "Eita! Assasse toda num foi?"

Mulher 2: "Foi! Assei a bêra toda!"

Na hora que escutamos essa conversa, eu olhei para a Vanessa e nós começamos a rir instantaneamente. Daí, começamos a tentar entender o que estava acontecendo. Vamos às opções:

A) A mulher 2 é a rainha do frango assado.

B) A mulher 2 é a rainha do frango assado, pornograficamente falando.

C) Estava faltando hipoglós na casa da mulher 2.

Ah! Para as pessoas que não estão acostumadas com o pernambuquês, bêra significa beira, beirada, lateral, o cantinho...

segunda-feira, novembro 02, 2009

O Senhor é Vós ou Vós Sois o Senhor?

Certo dia, estava no ônibus quando entrou um T.J. (Testemunha de Jeová sensu Soares, 2009) aos berros pregando para a multidão. O tema era o nascimento de Cristo e, entre as críticas ao comercio desenfreado que rege a vida das pessoas em épocas natalinas, eis que ele solta a seguinte pérola:

“Senhor! Vós NASCEU em uma manjedoura...”

Minha reação foi responder prontamente:

“E morreu após ouvi-lo assassinar a gramática da língua portuguesa!”

Momentos depois, deparei-me com uma curiosidade, pois, embora tenha passado vários anos da minha vida dentro da igreja, eu não tinha pensado sobre isso:

Por que nós usamos o pronome VÓS para nos referirmos ao Senhor?

Para entender tal questionamento, precisamos relembrar um pouco de um assunto que ficou no passado, nas aulas de português: pronomes de tratamento.

O Aurélio define os pronomes de tratamento como "palavra ou locução que funciona tal como os pronomes pessoais". Os gramáticos, por sua vez, ensinam que esses pronomes são da terceira pessoa, substituindo o "tu" da segunda pessoa.

Isto é fácil de entender. A base desses pronomes são certos qualificativos como: Excelentíssimo, Reverendo, Magnífico, Eminente, etc. As formas pronominais diretas e indiretas respectivas a esses exemplos são: Vossa Excelência, Sua Excelência, Vossa Reverendíssima, Sua Reverendíssima, Vossa Magnificência, Sua Magnificência, e Vossa Eminência, Sua Eminência.

Usando-as, não falo diretamente com a pessoa, mas, estando em sua presença, eu me dirijo a ela representada por aquilo que ela tem de notável; uma qualidade que é tomada pelo substantivo (ou nome) respectivo.

Por exemplo, a uma pessoa bela, eu diria "Vossa Beleza gostaria de sentar-se ao meu lado?" dirigindo-me à sua beleza, como se dissesse "Ela, a tua beleza, gostaria de sentar-se ao meu lado?".

Poderia também falar a respeito dela a uma terceira pessoa dizendo: "Sua Beleza já se foi!" ou "Sua Beleza está de mau humor". Quando reconheço na pessoa excelsas virtudes e excelência moral, falo dela: "Sua Excelência deu-me uma ordem" (A excelência dela deu-me uma ordem).

Mas a questão, do ponto de vista gramatical, é um pouquinho complicada. Afinal, por que se diz "Vossa Excelência" e não "Tua Excelência" como segunda pessoa do singular? Ocorre que um modo de reconhecer ou afirmar com mais ênfase é empregar os pronomes no plural, substituindo "tu" por "vós", "tua" por "vossa", etc. Assim é na prece "Vós sois o Todo Poderoso", no lugar de "Tu es o Todo Poderoso".

Quando digo "Vossa Excelência", eu estou a dizer que, além de reconhecer na pessoa a sua excelência moral, também reconheço a grandeza da sua virtude. Então o significado "Ela, a tua excelência" passa a ser "Ela, a vossa (grandiosa) excelência".

Agora sim eu consigo entender porque nós usamos o pronome vós pra falar de Jesus. É pela sua grandiosidade, a qual nos é imposta.

Em todo caso, acredito que nosso amigo T.J. do inicio deste post devia ter dito:

“Senhor, vós NASCESTES em uma manjedoura...”

Ou, de uma forma menos “grandiosa”:

“Senhor, tu NASCENTE em uma manjedoura...”

Usar o verbo na terceira pessoa do singular me parece uma forma equivocada. Porém, como não sou especialista, vamos aguardar que alguém se pronuncie.

Ah! Só pra esclarecer, Soares que propôs o sensu dos T.J. é a Milena (piada interna).

Fonte: Rubem Queiroz Cobra

domingo, novembro 01, 2009

Abaixo segue o e-mail que eu mandei pra Laís e pra Milena, minhas companheiras de aventura que, dessa vez, me deixaram "sozinho" no meu mais novo assalto.

Ah! Só esclarecendo, quando eu digo "meu assalto", não sou o assaltante. Fui assaltado.

Faltou vocês...

Oi Lais, oi Milena,

Na hora que eu ouvi aquela frase que já está ficando comum na minha vida, "É um assalto!", nessa sexta-feira, a primeira coisa que eu pensei foi:

"Poxa, cadê a Milena e a Lais nesse momento tão nosso!"

Pois é, mais uma vez, de novo, novamente, fui assaltado.

Vocês não estavam comigo dessa vez, mas tinham outras 25 pessoas!

Já deu pra perceber que eu não gosto de passar por essas aventuras sozinho!

A primeira vez que eu fui assaltado, em 1997, andando pelas ruas de Boa Viagem, às 12:00, estava sozinho. Foi chato! Levaram meu relógio que era bem caro e que eu tinha ganhado de presente do meu tio Luís.

Já da segunda vez, estava com uma amiga, a Gabriela, em 1999, próximo ao Shopping Guararapes e levaram o meu celular.

O terceiro assalto nem preciso descrever! Vocês estão carecas de saber! Depois de cantar as músicas do CD do Ney Matogrosso e Pedro Luis e a Parede, indo para a Casa da Laís, deixamos tudo no carro e saímos do carro com uma mão na frente e outra atrás. Toda vez que eu escuto "Ai, ai, ai, quedê! Ai, ai, ai, quedê, quedê!", me da um frio da espinha!

Nessa minha última empreitada criminosa, eu estava indo para a UFPE, às 9:00, no ônibus Shopping - CDU e, eis que, lá pela entrada do Jardim São Paulo, um filho da puta pula do banco com uma arma na mão e grita a tão rotineira frase que ronda minha vida: "É um assalto!"

Minha vontade foi responder: "Ah! Não brinca? Eu já sabia!"

Engraçado (o termo correto não é esse, mas prosseguindo...) é que eu nem me abalei. Discretamente tirei o fone do meu iPod do ouvido, escondi dentro da blusa, abri a bolsa, peguei a carteira e o celular (outro presente do meu tio Luís que me foi roubado) e fiquei esperando o arrastão chegar até mim.

Quando eles saíram, a confusão começou! Muita gente chorando e até uma mulher passou mal. Ela estava com R$ 2.000,00 dentro da bolsa, pois estava indo pagar a formatura na universidade. Foi levada ao Hospital das Clínicas, desmaiada.

Pois é, pra vocês verem, estou cada vez mais megalomaníaco nesse assunto de assalto. Cada vez mais gente comigo!

E já estou planejando o 5° Assalto!

Como o número de pessoas precisa aumentar, quem sabe um dia, quando eu entrar em um banco, num horário de pico, eu não escute novamente essa frase junto com umas 50 ou mais pessoas?

Seria emocionante não é mesmo?

Pois é, viver nessa merda de cidade, ou seja, Recife, é assim mesmo!

O que me assusta é que cada vez mais eu percebo que o meu pudor em matar um ser humano diminui. A vontade de matar a sangue frio o filho da puta que me assaltou demora uns dias para sair dos meus pensamentos! A imagem dele morto com um tiro no peito enquanto eu chuto compulsivamente a sua cabeça é o que me alegra nesses dias pós-assalto.

Finalizando, sabe o que foi a segunda coisa que eu pensei durante o assalto?

"Poxa, a Alba nem me ligou dessa vez!"

Beijo meninas! Saudade de vocês!

=)

Marcos Vinicius Meiado