Vamos (re)abrir as portas da esperanças?

Eu não sou aquele tipo de pessoa que não sabe viver o presente, que fica se agarrando a fatos do passado, mas, as vezes, eu tenho a sensação que, antigamente, eu era mais feliz!

Depois das piadas fúnebres sobre a morte do Lombardi que rolaram na Internet (uma delas é que ele morreu antes para anunciar a chegada do Silvio Santos no céu), eu fiquei me lembrando de como era bom passar horas na frente da televisão, assistindo todos os programas do Silvio Santos, no SBT, todo domingo, na companhia da minha avó.

Eu consigo sentir o cheiro do almoço de domingo e me lembro como se tivesse sido ontem, como se tivesse sido no domingo passado, que nós ficávamos sentados na sala cantando aquela música da abertura do programa Show de Calouros ("O Silvio Santos lá, lá, lá, lá, lá, lá.... lá vem a Flor, lá, lá, lá, lá...") e depois eu ficava torcendo pra que as pessoas tivessem seus pedidos atendidos quando o Silvio dissesse: "Vamos abrir a porta da esperança!"

E eu vibrava quando eles ganhavam! Parecia até que o prêmio era pa mim!

Ao rever os vídeos agora, no YouTube, a emoção foi bem parecida, mas, infelizmente, eu não tinha 10 anos, não estava em Londrina (PR) e, a pior parte, minha avó não estava ao meu lado!



Nossa! Como era bom ser criança! Ir às matinês do carnaval com a minha mãe e comer maçã-do-amor na saída era perfeito! Escutar meu pai tocando música sertaneja no violão também me faz falta! Eu nem sonhava em ouvir falar de CNPq, Facepe, artigos, projetos, tese, etc. E quem queria ouvir falar disso? Fator de impacto? Nem em sonho!

Vamos combinar que ver a Hebe (que já era velha há 20 anos atrás) dançando Ilariê com a Xuxa é impagável e quase se iguala à emoção de ter um artigo aceito (brincadeira!).



Não me arrependo das minhas escolhas, da minha profissão, de tudo que eu batalhei pra conseguir, mas tenho a sensação de que daqui a 20 anos, eu não vou sentir a mesma saudade que eu sinto da minha infância e das coisas que aconteceram comigo naquela época. Espero estar enganado!

Então, pra terminar, eu queria mandar um beijo pra minha mãe, pro meu pai e pra você (Xuxa).