segunda-feira, março 02, 2009

Quem não se comunica, se estrumbica!

Eis que, depois de passar o dia bebendo cerveja (prática incomum na minha vida) com alguns amigos enquanto esperávamos um tal peixe ser assado num forno sem gás, eu decidi: vou fazer a prova do DELE (Diploma de Español como Lengua Extranjera) bêbado!

Calma, calma que eu explico tudo.

Ontem eu me destabaquei para a casa da Priscila/Jaime/Paola, na Várzea.

Fui convidado para a “inauguração” onde a dona oficial da casa era a mais “estranha no ninho” (cômico!).

Devido à desenvoltura peculiar da Priscila, isso não demorou nada pra ser solucionado, mas o fato é que a minha amiga Pri está dividindo o apartamento com o Jaime, meu professor de espanhol, e a Paola, uma amiga do mestrado que é namorada dele.

E para comemorar essa nova fase, eles me convidaram pra almoçar.

Além da minha ilustre presença, a cerimônia do “bota dentro” contou com a participação da Alba, que de quebra levou a Sarah, uma canadense super gente fina que está fazendo intercambio e trabalha no departamento de Oceanografia da UFPE.

Como a pessoa presente na casa que menos gostava de falar era eu, já da pra imaginar o quanto de conversa não rendeu durante o dia. Melhor: falávamos em 4 idiomas ao mesmo tempo (português, espanhol, inglês e francês)! Só não podia deixar de se comunicar!

E por que eu comecei o post falando que vou fazer a prova do DELE bêbado?

Porque é incrível a segurança (ou a falta de vergonha) que o álcool proporciona quando estamos falando outro idioma! Fiquei espantado!

Minha idéia se concretizou mesmo quando estávamos na piscina do prédio, de noite, tentando escapar dos pingos da chuva e um rapaz que estava próximo se encantou com a beleza da Sarah e veio se apresentar.

Ao perceber que ela não era brasileira, ele (bêbado) começou a gaguejar uma série de frases em inglês que não faziam o menor sentido, como por exemplo:

“I, I, I (tinham 10 milhões de “eu” na frase) I have a lot to meet you!”

(Eu tenho certeza que se a Vicky estivesse presente teria se jogado na piscina após ter uma crise convulsiva de riso, ou vice-versa, se jogaria e teria a crise depois)

Depois ele veio perguntar (em português) se algum de nós falava o idioma dele e ficou MUITO espantado com a pronuncia perfeita do meu português quando eu respondi: “Sim, eu falo português!”

O fato é que depois desse momento sem noção que nos renderam boas risadas (Troféu Joinha pra ele!), eu me peguei conversando, em um espanhol fluente, com a Sarah enquanto nós esperávamos a Priscila comprar mais cerveja na vendinha.

Sendo assim, uma cerveja antes do DELE é muito bom pra ficar pensando melhor! (Eu já escutei essa frase antes em algum lugar???)

Obrigado (Gracias, Thanks ou Merci) aos donos da casa pelo convite!

Dia muito divertido!