Uma causa quase impossível
Na terça-feira passada, eu saí de casa de manhã para ir pra UFPE e no caminho fui pensando no fato de que eu não tinha a resposta do meu pedido de bolsa de doutorado.
O que mais me deixava preocupado era o fato de que não era apenas eu (dos alunos da Inara) que estava sem bolsa, éramos 3 alunos sem bolsa.
E então eu também ia pensando na bolsa da Laura que, assim como eu, vai trabalhar no Parque Nacional do Catimbau e não tem nenhum projeto aprovado para ganhar dinheiro de financiamento. Ia pensando no que a gente podia fazer pra conseguir essa bolsa.
Estava na parada de ônibus esperando o meu famoso e velho conhecido “Candeias - Dois Irmãos” e me estressei com a demora e resolvi pegar outro ônibus. Entrei no “Candeias - Boa Viagem” e no meio do caminho, ainda em Candeias, entrou uma senhora no ônibus e começou a distribuir umas imagens de Santo Expedito.
Após distribuir as imagens, a senhora explicou que estava fazendo aquela distribuição para agradecer ao santo, pois o filho dela teve um câncer e ela fez uma promessa de distribuir as imagens do Santo Expedito se o filho se curasse.
Eu recebi a imagem do santo e atrás da foto tinha uma oração. Eu li. Após ler a oração de Santo Expedito eu fiz o meu pedido e rezei um “Pai-Nosso”, como mandava o papel. Geralmente não costumo acreditar nessas coisas de correntes, mas diante da situação, fazer esse pedido ao santo não ia me fazer nenhum mal. Sendo assim, resolvi testar.
O resto da viagem eu fiquei pensando em como seria a minha felicidade em ligar pra Laura pra dizer que nós tínhamos ganhado uma bolsa e de como seria nossas vidas no mestrado e doutorado com essa “pequena” ajuda do governo.
Cheguei em Boa Viagem e desci do ônibus que eu estava para entrar no segundo ônibus em direção à faculdade. Quando entrei no segundo ônibus ("Shopping – CDU"), lá estava a mesma senhora. Porém, dessa vez ela não estava distribuindo os santinhos.
Ela ia conversando com um rapaz que também estava no ônibus anterior e contando sobre a recuperação do filho dela. Umas 10 paradas depois, lá próximo do Carrefour de Boa Viagem, o rapaz desceu e, nessa mesma parada, entrou uma outra senhora.
Nesse momento, eu ainda continuava “agarrado” com os meus pensamentos e pedindo a ajuda do santo e de quem mais pudesse ajudar pra que eu conseguisse a minha bolsa e a da Laura.
Quando o rapaz desceu, ele percebeu que alguém tinha esquecido uma pasta no banco da parada. Então ele pegou a pasta e pediu pro motorista deixá-lo entrar no ônibus novamente para perguntar de quem era a pasta.
Aquela senhora que tinha acabado de entrar no ônibus era a dona da pasta e ela ficou muito emocionada e agradecida pelo fato dele ter achado a pasta e devolvido pra ela. Depois que o ônibus prosseguiu a viagem, a senhora que tinha esquecido a pasta continuou comentando com alguns passageiros (inclusive comigo) que dentro dessa pasta tinha todos os documentos dela e dos filhos e marido e também estava todo o dinheiro do salário que ela estava levando para pagar umas contas com advogados, referente a um processo que ela estava abrindo contra seu antigo emprego.
A mulher que distribuiu os santinhos, vendo a sorte da senhora que esqueceu a sua pasta, perguntou:
“A senhora acredita em Deus?”
E completou:
“Hoje é seu dia de sorte! Qual é o seu nome? Me diga uma data, pois com a sua sorte eu vou jogar no bicho e vou ganhar!”
A mulher da pasta riu e disse que acreditava em Deus, mas que não acreditava nessa história de dia de sorte e jogos de azar.
Mesmo assim a mulher insistiu em saber o nome e ouvir o palpite de uma data.
E a senhora da pasta disse:
“Eu me chamo Laura e a data que a senhora pediu pra dizer pode ser o dia 14/01.”
Eu levei um susto porque a mulher se chamava Laura e ela disse a data do meu aniversário (e eu estava pensando no meu pedido ao santo, referente a minha bolsa e a bolsa da Laura).
Com o susto, eu disse (meio alto):
“Puta que pariu!”
A mulher que distribuía os santinhos percebeu o meu espanto ao ouvir a data e o nome da mulher e disse:
“Você devia acreditar mais em Deus!”
Eu continuei “abestalhado” por mais uns minutos e quando me toquei a mulher dos santinhos já não estava mais dentro do ônibus.
O fato é que, um dia depois, saiu o resultado do edital da FACEPE e o meu projeto e o projeto da Laura foi aprovado e nós ganhamos a bolsa.
Vamos combinar que o fato de que nós somos alunos da Inara ajudou bastante o trabalho do Santo Expedito, mas mesmo assim, vou dar um pulinho na igreja dele no próximo dia 14/01 para agradecer.
Contando com a colaboração da Inara, até Santo Expedito dá um jeito para as causas impossíveis!
O que mais me deixava preocupado era o fato de que não era apenas eu (dos alunos da Inara) que estava sem bolsa, éramos 3 alunos sem bolsa.
E então eu também ia pensando na bolsa da Laura que, assim como eu, vai trabalhar no Parque Nacional do Catimbau e não tem nenhum projeto aprovado para ganhar dinheiro de financiamento. Ia pensando no que a gente podia fazer pra conseguir essa bolsa.
Estava na parada de ônibus esperando o meu famoso e velho conhecido “Candeias - Dois Irmãos” e me estressei com a demora e resolvi pegar outro ônibus. Entrei no “Candeias - Boa Viagem” e no meio do caminho, ainda em Candeias, entrou uma senhora no ônibus e começou a distribuir umas imagens de Santo Expedito.
Após distribuir as imagens, a senhora explicou que estava fazendo aquela distribuição para agradecer ao santo, pois o filho dela teve um câncer e ela fez uma promessa de distribuir as imagens do Santo Expedito se o filho se curasse.
Eu recebi a imagem do santo e atrás da foto tinha uma oração. Eu li. Após ler a oração de Santo Expedito eu fiz o meu pedido e rezei um “Pai-Nosso”, como mandava o papel. Geralmente não costumo acreditar nessas coisas de correntes, mas diante da situação, fazer esse pedido ao santo não ia me fazer nenhum mal. Sendo assim, resolvi testar.
O resto da viagem eu fiquei pensando em como seria a minha felicidade em ligar pra Laura pra dizer que nós tínhamos ganhado uma bolsa e de como seria nossas vidas no mestrado e doutorado com essa “pequena” ajuda do governo.
Cheguei em Boa Viagem e desci do ônibus que eu estava para entrar no segundo ônibus em direção à faculdade. Quando entrei no segundo ônibus ("Shopping – CDU"), lá estava a mesma senhora. Porém, dessa vez ela não estava distribuindo os santinhos.
Ela ia conversando com um rapaz que também estava no ônibus anterior e contando sobre a recuperação do filho dela. Umas 10 paradas depois, lá próximo do Carrefour de Boa Viagem, o rapaz desceu e, nessa mesma parada, entrou uma outra senhora.
Nesse momento, eu ainda continuava “agarrado” com os meus pensamentos e pedindo a ajuda do santo e de quem mais pudesse ajudar pra que eu conseguisse a minha bolsa e a da Laura.
Quando o rapaz desceu, ele percebeu que alguém tinha esquecido uma pasta no banco da parada. Então ele pegou a pasta e pediu pro motorista deixá-lo entrar no ônibus novamente para perguntar de quem era a pasta.
Aquela senhora que tinha acabado de entrar no ônibus era a dona da pasta e ela ficou muito emocionada e agradecida pelo fato dele ter achado a pasta e devolvido pra ela. Depois que o ônibus prosseguiu a viagem, a senhora que tinha esquecido a pasta continuou comentando com alguns passageiros (inclusive comigo) que dentro dessa pasta tinha todos os documentos dela e dos filhos e marido e também estava todo o dinheiro do salário que ela estava levando para pagar umas contas com advogados, referente a um processo que ela estava abrindo contra seu antigo emprego.
A mulher que distribuiu os santinhos, vendo a sorte da senhora que esqueceu a sua pasta, perguntou:
“A senhora acredita em Deus?”
E completou:
“Hoje é seu dia de sorte! Qual é o seu nome? Me diga uma data, pois com a sua sorte eu vou jogar no bicho e vou ganhar!”
A mulher da pasta riu e disse que acreditava em Deus, mas que não acreditava nessa história de dia de sorte e jogos de azar.
Mesmo assim a mulher insistiu em saber o nome e ouvir o palpite de uma data.
E a senhora da pasta disse:
“Eu me chamo Laura e a data que a senhora pediu pra dizer pode ser o dia 14/01.”
Eu levei um susto porque a mulher se chamava Laura e ela disse a data do meu aniversário (e eu estava pensando no meu pedido ao santo, referente a minha bolsa e a bolsa da Laura).
Com o susto, eu disse (meio alto):
“Puta que pariu!”
A mulher que distribuía os santinhos percebeu o meu espanto ao ouvir a data e o nome da mulher e disse:
“Você devia acreditar mais em Deus!”
Eu continuei “abestalhado” por mais uns minutos e quando me toquei a mulher dos santinhos já não estava mais dentro do ônibus.
O fato é que, um dia depois, saiu o resultado do edital da FACEPE e o meu projeto e o projeto da Laura foi aprovado e nós ganhamos a bolsa.
Vamos combinar que o fato de que nós somos alunos da Inara ajudou bastante o trabalho do Santo Expedito, mas mesmo assim, vou dar um pulinho na igreja dele no próximo dia 14/01 para agradecer.
Contando com a colaboração da Inara, até Santo Expedito dá um jeito para as causas impossíveis!
3 Comments:
Nossa Miguio!!!!
Essa parte da história você nem me contou!!!
Mas que bom que no final deu tudo certo!!!
Estou MUITO feliz por você!!! Beijos, Vi!
realmente essa parte da historia ele escondeu... só disse q tinha pego dois ônibus e se chamou de besta por conta disso.
agora vamos esperar o CNPq!
bjs
Poxa Miguio que historia massa!!!
Até me emocionei pq essa semana antes de dormir tava questionando minha falta de sorte em relação à profissão e minha fé em Deus. E quando cheguei no estagio tive uma noticia tão promissora. Agora tou na torcida pra dar certo, mas já tive a certeza de que tem alguém querendo me ajudar. Muito bom.
Acho msm que como a velhinha disse: devemos ser mais crédulos naquele q td pode.
Sucesso p ti e Laura.
Bjo-pro-cê
Adorei te dar um abraço hj
Thially
Postar um comentário
<< Home